Artigo Sobre a Necessidade Urgente de Formação Digital dos Docentes Universitários - Por: Jorge Schemes

 

formação digital para docentes

Por:

Jorge N. N. Schemes


formação digital para docentes



1. Objetivos da Ação Formativa:

O principal objetivo dessa ação formativa é atender as novas demandas e complexidades geradas pela prática docente dos professores de ensino superior da Faculdade de Física e Química da Universidade. Tais professores carecem de atualização e necessitam de uma formação específica relacionada às tecnologias, bem como a procedimentos didáticos e metodológicos mais inovadores e suas aplicações tendo como referencial teórico o conectivismo.

Considerando que os professores possuem doutorado ou mestrado na área de conhecimento que lecionam e que apenas 08 têm a formação específica em didática. Considerando ainda que 17 professores têm mais de 10 anos de experiência acadêmica e os demais menos de 10 anos, faz-se necessário organizar um planejamento e implantação de propostas inovadoras para a formação de tais professores. Sendo assim, a presente proposta de formação dos docentes Universitários envolverá o uso de Redes Sociais como possibilidade de maior intercomunicação entre docentes e acadêmicos, bem como a utilização dessas redes para a formação transdisciplinar entre seus pares, promovendo a integração entre os cursos presenciais e a distância e ampliando o círculo de atuação das próprias Universidades em Redes para alcançar diversos segmentos da sociedade.


2. O Modelo de Formação do Professorado:

As necessidades educacionais da sociedade contemporânea exigem novos desafios na formação docente. Conforme expõe Kenski,

Em uma sociedade ágil e plena de mudanças a formação de professores deve ser flexível e dinâmica. Em um momento de excesso de informações e muitas incertezas é preciso criar mecanismos para filtragem, seleção crítica, reflexão coletiva e dialogada sobre os conhecimentos disponíveis, focos de atenção e de busca da informação. (KENSKI, Disponível On Line)

Sendo assim, é urgente ir além das estruturas fechadas de ensino sendo imperativo repensar e reformatar o processo de formação do professorado a partir de metodologias mais dinâmicas de interação em rede por maio das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação fazendo uso da educomunicação com ênfase nas redes sociais. Essa mudança é necessária para promover o uso de múltiplos meios digitais que superem o tempo e o espaço no processo de ensino e aprendizado envolvendo e empoderando os docentes universitários. Como afirma Kenski:

A urgência de propostas inovadoras para a formação de qualidade precisa ser prioritária para a atualização didática digital dos professores que atuam nos cursos superiores. Quando estes assumirem usos diferenciados para a ação em redes, mediadas pelas mídias disponíveis, poderemos ter esperanças de que as transformações na formação de professores para os demais níveis de ensino irão começar a acontecer. (KENSKI, Disponível Om Line)



3. Os Tipos de Modalidades Formativas:

Diante das exigências da sociedade do conhecimento é necessária uma verdadeira revolução de ideias e propostas nas estruturas das instituições formativas, bem como nos currículos de formação docente. Conforme questiona Kenski,

O que é possível ensinar em um momento em que as informações estão tão disponíveis, pulverizadas, múltiplas, fragmentadas e acessíveis em diferenciados meios (e mídias)? O que se precisa aprender em um momento em que a informação é farta e o tempo das pessoas é escasso? O que se precisa aprender em um momento em que as bases do conhecimento estão em permanente discussão? Em que as atenções são direcionadas para inovações, ao devir anunciado e imediatamente ultrapassado? O que é preciso aprender para conviver com espaços, seres, instituições e procedimentos fugazes, voláteis, que se alteram permanentemente? Como atuar em um momento em constante re(definição) pessoal, cultural e social? (KENSKI, Disponível On Line)

Diante do exposto é pertinente tecer algumas considerações sobre a necessidade de individualizar o processo de ensino e aprendizagem e ao mesmo tempo estimular o trabalho em equipe e a cooperação em rede. Nesse sentido o trabalho profissional docente precisa ir além do conhecimento acumulado historicamente pela humanidade e buscar desenvolver princípios, valores, ética e respeito aos ser humano e sua diversidade.

 Além da formação massiva em salas de aulas na academia, a formação docente pode fazer uso das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) como suportes digitais para a busca de um espaço mais amplo e democrático por meio das Redes Sociais e seus recursos, possibilitando assim uma intercomunicação mais dinâmica entre os participantes do processo de uma formação mais colaborativa. Para tanto serão organizados grupos de trabalho com os docentes, módulos de formação, oficinas e conferências com ênfase na teoria de aprendizagem do conectivismo, objetivando assim um aprendizado cooperativo e colaborativo.

O uso das TICs não é um substituto da modalidade presencial, mas uma ferramenta para uma ação mais cooperativa entre professores e estudantes por meio da convergência entre Redes de integração presencial e à distância (EAD). Conforme expõe KENSKI:

O desafio do ensino superior em relação à EAD está, entre outros, na possibilidade de convergência entre as duas modalidades: presencial e a distância. A integração entre ambas, respeitando-se as especificidades de cada modelo de ensino, é mais uma questão cultural do que estrutural no seio da universidade. A diluição das fronteiras entre presencial e a distância se inicia pela compreensão de que em ambas as modalidades estão presentes professores e alunos da mesma universidade e que, portanto, devem possuir os mesmos direitos e ter os mesmos deveres (KENSKI, Disponível On Line)

Kenski também conclui que:

O grande desafio está justamente na convergência de todos os participantes dos cursos, independente da modalidade, para o fortalecimento da formação acadêmica de alto nível. Essa integração requer que a universidade trate todos os seus alunos como iguais, independente da modalidade em que eventualmente estejam matriculados. Significa a possibilidade de transição entre as duas modalidades e a inserção dos alunos de EAD nos grupos e projetos de pesquisa realizados nas IES e vice-versa. (KENSKI, Disponível On Line)


4. Os Conteúdos da Formação:

Os conteúdos da ação formativa dos docentes universitários deve envolver não apenas novas propostas de estratégicas didáticas e metodológicas, mas obrigatoriamente o uso da Internet com suas diferentes tecnologias e plataformas digitais e bancos de dados, bem como o uso dos inúmeros recursos didáticos/pedagógicos disponíveis em provedores como o Google e nas diferentes Redes Sociais como Facebook, Instagran, GETTR e Twitter, para citar algumas. Os conteúdos sempre devem estar conectados com o surgimento das inovações tecnológicas e suas possibilidades de aplicação prática e objetiva no processo educativo, desde o uso do celular, Webconferências, e até mesmo o uso da holografia, por exemplo. Os conteúdos serão trabalhados com ênfase em procedimentos didáticos inovadores por meio da educomunicação com fundamentação na teoria de aprendizagem do conectivismo, a qual preconiza uma conexão entre pessoas e a tecnologia.

5. A Duração da Ação Formativa:

A duração da ação formativa ocorrerá durante um semestre letivo conforme o seguinte cronograma:

Período

Tema

Ação

Julho/Agosto

Modelos de Formação

Grupo de Trabalho e Oficina

Agosto/Setembro

Modalidades Formativas

Módulos de Formação

Outubro/Novembro

Conteúdos da Formação

Conferência



Referência:

KENSKI, Vani Moreira. A urgência de propostas inovadoras para a formação de professores para todos os níveis de ensino. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5814347/mod_folder/content/0/A%20urg%C3%Aancia%20de%20propostas%20inovadoras.pdf. Acessado em: 01 de Agosto de 2022.

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